
NA TRAMA DAS ARTES, A DESCOBERTA DA MÚSICA ESCOLAR.
Mônica Zewe Uriarte
Universidade Federal do Paraná
Mônica Zewe Uriarte
Universidade Federal do Paraná
Por Maribel Susane Selli
A dissertação de Mônica Zewe Uriarte propõe uma análise que contribui para as reflexões da inclusão da música na escola.
Através de uma pesquisa fundamentada em reflexões que estabelecem as relações entre cultura escolar, arte na escola, importância da música, as práticas pedagógicas e a política educacional, propõe a construção de caminhos da Educação Musical na escola.
Após fazer uma análise da realidade de quinze escolas da rede municipal de ensino do município de Itajaí – SC, investigando legislação desde a Legislação Federal, os PCNS até a Legislação Municipal existente, bem como a proposta pedagógica das escolas e práticas existentes nas escolas a partir de suas propostas pedagógicas.
A proposta percorre uma investigação que analisa a formação dos professores que trabalham com música no município, generalistas ou especialistas e as formas que o fazem. Além disso, é oferecido aos alunos o “programa de jornada ampliada” que oferece às crianças, por adesão, aulas no turno inverso nas seguintes modalidades: dança de rua, dança folclórica, remo, canoagem, artes marciais, prática coral, aulas de instrumentos para formação de banda, aulas de violino para grupos de cordas, aulas de flauta doce, artes aplicadas, informática, recuperação de estudos e escolinhas desportivas em oito modalidades.
Como alternativa e resgate da cultura da região, de cultura açoriana, é desenvolvido no município o projeto “Boi-bom” ou “Boi-de-mamão”, este projeto é uma encenação que envolve dança e cantoria em torno do tema épico da morte e ressurreição de um boi.
Ao concluir seu trabalho a pesquisadora aponta algumas questões que são extremamente relevantes e revelam a cultura musical em Itajaí, entre elas:
· Nas leis municipais, o primeiro passo para iluminar a história da música em Itajaí, e nas escolas selecionadas a constatação de que a música se faz presente.
· Na compreensão do ensino de música em Itajaí, verificou-se que as indicações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e dos Parâmetros Curriculares Nacionais não foram suficientes para mudar a realidade educacional, na instituição da música como disciplina curricular.
· Há uma carência pedagógica no domínio do ensino musical, que de alguma forma se dilui quando a escola proporciona atividades musicais específicas nos programas de Jornada Ampliada, como musicalização infantil para os programas de prática coral e o domínio de um instrumento musical.
Concluindo seu trabalho entende que a memória sobrevive aos dias e à cidade, e este olhar para as manifestações culturais locais promovidas pela escola possui uma função valiosa pelo resgate atemporal daquilo que nos pertence e que não pode ser esquecido. Que as novas gerações sintam pesar em seus ombros a necessidade de deter as ferramentas para que não se percam as tradições populares de suas cidades, que podem estar fundamentadas no conhecimento e participação. Eis a escola itajaiense cumprindo uma de suas funções: a valorização da herança cultural, seus desenvolvimento e divulgação.
A realização desta análise foi extremamente interessante, pois essa inquietação me acompanha por algum tempo quando percebo, durante minha prática escolar, o quanto a música está distante das escolas e práticas escolares. Por outro lado, o quanto os alunos desejam que exista essa possibilidade, pois chegam muitas vezes a levar para a escola instrumentos que aprenderam a tocar fora da escola, para poderem usufruir um pouco desse prazer que a música proporciona.
A inclusão da música dos currículos escolares, no meu entendimento, será de extrema importância, pois além das crianças e adolescentes ocuparem-se com uma atividade que lhes proporciona uma infinidade de contribuições na sua formação, a música desenvolve a escuta sensível e a sensibilidade, tão urgentes nas relações interpessoais.
URIARTE, Monica Zewe. Na trama das artes: a descoberta da música escolar. Universidade federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Educação, 2005. Dissertação de Mestrado
A dissertação de Mônica Zewe Uriarte propõe uma análise que contribui para as reflexões da inclusão da música na escola.
Através de uma pesquisa fundamentada em reflexões que estabelecem as relações entre cultura escolar, arte na escola, importância da música, as práticas pedagógicas e a política educacional, propõe a construção de caminhos da Educação Musical na escola.
Após fazer uma análise da realidade de quinze escolas da rede municipal de ensino do município de Itajaí – SC, investigando legislação desde a Legislação Federal, os PCNS até a Legislação Municipal existente, bem como a proposta pedagógica das escolas e práticas existentes nas escolas a partir de suas propostas pedagógicas.
A proposta percorre uma investigação que analisa a formação dos professores que trabalham com música no município, generalistas ou especialistas e as formas que o fazem. Além disso, é oferecido aos alunos o “programa de jornada ampliada” que oferece às crianças, por adesão, aulas no turno inverso nas seguintes modalidades: dança de rua, dança folclórica, remo, canoagem, artes marciais, prática coral, aulas de instrumentos para formação de banda, aulas de violino para grupos de cordas, aulas de flauta doce, artes aplicadas, informática, recuperação de estudos e escolinhas desportivas em oito modalidades.
Como alternativa e resgate da cultura da região, de cultura açoriana, é desenvolvido no município o projeto “Boi-bom” ou “Boi-de-mamão”, este projeto é uma encenação que envolve dança e cantoria em torno do tema épico da morte e ressurreição de um boi.
Ao concluir seu trabalho a pesquisadora aponta algumas questões que são extremamente relevantes e revelam a cultura musical em Itajaí, entre elas:
· Nas leis municipais, o primeiro passo para iluminar a história da música em Itajaí, e nas escolas selecionadas a constatação de que a música se faz presente.
· Na compreensão do ensino de música em Itajaí, verificou-se que as indicações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e dos Parâmetros Curriculares Nacionais não foram suficientes para mudar a realidade educacional, na instituição da música como disciplina curricular.
· Há uma carência pedagógica no domínio do ensino musical, que de alguma forma se dilui quando a escola proporciona atividades musicais específicas nos programas de Jornada Ampliada, como musicalização infantil para os programas de prática coral e o domínio de um instrumento musical.
Concluindo seu trabalho entende que a memória sobrevive aos dias e à cidade, e este olhar para as manifestações culturais locais promovidas pela escola possui uma função valiosa pelo resgate atemporal daquilo que nos pertence e que não pode ser esquecido. Que as novas gerações sintam pesar em seus ombros a necessidade de deter as ferramentas para que não se percam as tradições populares de suas cidades, que podem estar fundamentadas no conhecimento e participação. Eis a escola itajaiense cumprindo uma de suas funções: a valorização da herança cultural, seus desenvolvimento e divulgação.
A realização desta análise foi extremamente interessante, pois essa inquietação me acompanha por algum tempo quando percebo, durante minha prática escolar, o quanto a música está distante das escolas e práticas escolares. Por outro lado, o quanto os alunos desejam que exista essa possibilidade, pois chegam muitas vezes a levar para a escola instrumentos que aprenderam a tocar fora da escola, para poderem usufruir um pouco desse prazer que a música proporciona.
A inclusão da música dos currículos escolares, no meu entendimento, será de extrema importância, pois além das crianças e adolescentes ocuparem-se com uma atividade que lhes proporciona uma infinidade de contribuições na sua formação, a música desenvolve a escuta sensível e a sensibilidade, tão urgentes nas relações interpessoais.
URIARTE, Monica Zewe. Na trama das artes: a descoberta da música escolar. Universidade federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Educação, 2005. Dissertação de Mestrado